domingo, 27 de março de 2011

Escritório de Processos

Todos nós sabemos da importância para a gestão e governança de TI de se ter um Escritório de Projetos. E um Escritório de Processos ? Tem a mesma importância ou não tem tanta relevância para a gestão e a governança de TI ? Aliás, esse assunto é muito recente e ninguém sentia falta dele.............

30 comentários:

  1. Professor, acredito que com a dedicação da implantação da Governança de TI passamos a nos deter na necessidade de implantação de um Escritório de Processos, pois o mesmo irá auxiliar e muito as operações da implantação e principalmente de monitoramento dos processos de Gov de TI na empresa. Apesar do conceito de Escritório de Processo ser recente, o também conceito de Gov de TI, mesmo que já se falasse há alguns anos atrás, também é recente, pois fazem poucos anos que começamos a entender melhor esse conceito e assim implantarmos o mesmo. Só assim outras necessidades foram aparecendo conforme a especialização das empresas em Gov de TI. O escritório de processos é um desses conceitos que existia há bastante tempo, mas agora passa a ser visto com um maior entendimento.

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  2. Boa noite a todos, vejo que o Escritório de Processos tem por objetivo concentrar o conhecimento e ser referência para todas as áreas da organização, gerir os processos e estabelecer a visão global e sistêmica desses e conduzir novos projetos utilizando melhores práticas. Ninguém sentia falta devia não haver demanda sobre os processos. Agora não há um processo e sim vários a serem gerenciados.

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  3. As empresas começaram a perceber que precisavam de processos para se organizarem, então surgiu outro fenômeno, o descontrole causado pela quantidade de processos dessincronizados. O escritório de processos surgiu para organizar essas circunstâncias. Desta forma, a relevância desta atividade não é baixa, apesar da sua recente aplicabilidade.

    Além disso, o escritório de processos pode trabalhar de forma conjunta com o de projetos, pois são similares em suas principais abordagens.

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  4. É verdade ... na era da revolução industrial, começou a se pensar em processos de negócios objetivando sempre o aumento da produtividade substituindo o modelo de habilidades humanas. No meu ver esta modificação não foi realizada a toque de caixa. Foi realizada com estudos destas atividades a serem modificadas.

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  5. Concordo com a Dani e acho que o escritório de processos e de projetos podem trabalhar de forma conjunta ou mesma unificada.

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  6. Boa tarde. Sobre esse rico assunto, na minha opinião, a maioria das empresas já vinham pensando em processos e na forma de estruturá-los dentro das organizações, sendo que essa visão foi desenvolvida a partir das possibilidades que se foram abrindo a partir da análise que foram sendo feitas sobre melhoria de processos e sobre as diversas óticas que essa melhoria pode trazer, como redução de custos de processos, melhora de tempo de resposta para o cliente, mitigação de riscos operacionais, otimização de controles por parte de um gestor, entre outros, sendo que várias das melhorias citadas aqui dependem de mudanças e otimização de sistemas e de recursos tecnológicos. Todo esse escopo acaba produzindo a necessidade de haver áreas para tratar ações desse tipo. Como um mesmo processo pode passar por várias áreas de uma empresa e como é necessário que ações desse tipo estejam alinhadas à estratégia corporativa, a ideia de um escritório de processos e de um escritório de projetos vem no sentido de centralizar e de cumprir esse papel. No que diz respeito à existência de ambos, eu acredito que é possível, embora não seja obrigatório; vai depender muito dos objetivos e do tratamento dado na empresa. A síntese que se deve fazer é que os projetos e os processos têm escopos diferentes; o primeiro é algo que precisa apresentar uma melhoria em um período de tempo, com início e fim bem definidos; o segundo já é cíclico, tem como foco a melhoria contínua. Os projetos envolvem muita criação, novos investimentos, novas formas de pensar; os processos envolvem uma análise diferenciada, em questões como atualizar o seu desenho atual e acompanhamento periódico de gargalos (teoria das restrições) – isso ajuda a pensar em estruturas distintas. Por outro lado, projetos podem surgir a partir de algum processo; se houver uma previsão de que isso será uma constante na empresa, pode-se pensar em uma estrutura unificada. Sobre a Governança de TI, podemos analisar que todo esse contexto colocado passa por uma governança de processos, ou seja, os processos alinhados aos negócios e, como foi falado, a otimização processos muito frequentemente vai pedir a otimização de sistemas e recursos tecnológicos. Sendo assim, podemos concluir que a governança de TI deve andar “lado a lado” com os escritórios de projetos e/ou processos.

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  7. Pessoal,
    Vocês falaram en passant da importância do Escritório de Processos na Governança de TI. Confesso que náo estou convencido. Quem se habilita ?

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  8. Tiago concordo que modelar processos (de negócio) estaremos focando o negócio, principalmente quando vamos do as is para o to be. Por outro lado, sugiro ferramentas mais específicas (the best of breed) para elaborar o alinhamento estratégico TI x Negócio, por exemplo o BSC.

    Qual a importância do EP para a Gov TI?
    Sei que temos várias, mas uma considero chave. Quando trabalhamos com gestão por processos de negócio é fundamental definir/atribuir guidelines, correta estrutura, papéis e responsabilidades, para o sucesso do negócio.

    Diante disso pergunto, qual é a principal característica da boa Governança de TI? Papéis e responsabilidades bem definidos e foco no negócio.

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  9. Também concordo com o Tiago. E aproveitando para complementar o raciocínio, a governança tem ligação com a definição de diretrizes e regras para a condução das ações de modelagem de processos, e consequentemente a determinação das responsabilidades e autoridades pelas ações. A governança reforça o alinhamento estratégico entre a gestão de processos e os interesses e particularidades do negócio, bem como evitar a duplicidade de esforços relativos às iniciativas de processos. O Escritório de Processos, ou o Centro de Excelência em BPM (denominação da ELO Group) surge como um instrumento organizacional para a institucionalização da gestão de processos, tornando de forma efetiva parte da cultura e do cotidiano organizacional. É importante ressaltar que o Escritório de Processos não vem para retirar autonomia das áreas de negócio – estas continuam como gestoras dos processos – o escritório se configura como um mecanismo de coordenação promover a sinergia e o alinhamento entre as diversas iniciativas de processo dentro de uma organização. Após a aula e leitura de alguns artigos, vi que podemos entender o Escritório como um prestador de serviços para as demais áreas da organização, logo, provendo suporte para a governança ou para a organização da mesma.

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  10. Estou percebendo que vocês estão entendendo Escritório de Processos como Escritório de Processos de Negócio. Nada mais errado!
    No Escritório posso ter processos de negócio, processos de TI, processos de manufatura etc.
    Nesse contexto, qual a importância do Escritório de Processos para o CobiT, por exemplo ?

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  11. A partir da utilização da metodologia BPM (Business Process Management), entende-se que o Escritório de Processos estará atuando como o Escritório de Processos de Negócios. Essa metodologia tem o foco no negócio. Dessa forma, o CPO (Chief Process Office) estará preocupado com os negócios da empresa, sem necessariamente, contar com o engajamento da área de TI.
    Por outro lado, se pensarmos na metodologia COBIT, a proposta prevê o alinhamento da TI aos negócios, porém de forma indireta, por meio do alinhamento dos objetivos estratégicos com os objetivos de TI. Além disso, o Cobit estabelece que o guia apropriado para se fazer o referido alinhamento é o Balanced Scorecard (BSC).
    Dessa forma, somente a partir de uma cooperação mútua entre o negócio e a TI, é que o problema será resolvido. Pois, o gerente de negócio não entende os detalhes do processo referente a aplicações e infraestrutura de TI, nem o gerente de TI tem a compreensão exata de que negócios os gerentes tentam concretizar.
    A tese de dissertação do colega Antônio Quintino Rosa, do MGCTI trata justamente desse assunto.

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  12. Professor, não entendo o Escritório de Processos como de negócios e sim exatamente como Sr. falou, ou seja, o EP para processos de TI, negócios ou outra área que a organização possua. Acredito que o EP auxilia no apoio do direcionamento da implantação do COBIT e principalmente no monitoramento dos processos envolvidos.

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  13. Pessoal, boa noite. Eu também vejo o escritório de processos com um escopo maior do que o negócio em si, desta forma, o foco não seria apenas o alinhamento com o negócio, mas a eficiência que os processos podem ter se trabalhados, o que pode torná-lo mais barato, mais rápido, mais seguro... a melhora para o negócio vem justamente das vantagens competitivas que se consegue trabalhando esses fatores. Quanto ao CobiT, como um framework de controle para gestão de TI, vai trabalhar dentro de suas dimensões com processos de TI, que por sua vez podem ser trabalhados pelo escritório de processos. Daí eu vejo a importância de se ter um escritório de processos para se trabalhar com o CobiT.

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  14. Bom dia, está quente a discussão...

    Se no que eu postei deu a entender que EP trata apenas de processo de negócio, não foi a idéia. Ele é mais amplo, inclui todos processos críticos ou não, mas importantes para a organização.

    Qto ao CobIT, como este framework está baseado em processos, medido sobre a maturidade destes processos, o papel do EP será importante no apoio para avaliação de maturidade, estratégia, (re)desenho, implementação e controle dos processos.

    Mas mantenho o que disse anteriormente sobre EP na Gov TI!.
    Gestão por processos necessita definir/atribuir uma correta estrutura, papéis e responsabilidades, para "rodar" o processo com sucesso.
    Isto vai ao encontro da principal característica da boa Governança de TI? Papéis e responsabilidades bem definidos.

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  15. Acho que chegamos ao ponto: como o Escritório de Processos (EP), de forma geral, cuida de processos, com a criação do EP haverá um impacto positivo nas iniciativas BPM e CobiT, por exemplo.
    Seguindo nessa linha de raciocínio, como o EP é uma iniciativa corporativa, poderíamos inseri-lo no escopo de Governança de TI ou de Governança Corporativa ? Ou nenhum dos dois ?

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  16. Acredito que ele pode ser inserido em qualquer um dos dois contextos, pois se adapta perfeitamente ao meu ver.

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  17. Acho que pode ser inserido nos dois contextos: GTI e Corporativa também. O mais importante é que esteja alinhado com o negócio da empresa.

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  18. Concordo com o Eduardo e o Alcyon. EP na Gov TI e/ou Gov Corporativa.

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  19. Também concordo com a turma. Eu vejo o EP agindo tanto em ações de alinhamento do TI com o negócio (atendendo assim a governança de TI) como em ações que atendem ao escopo de Governança Corporativa. O impacto positivo do EP nas ações do BPM e do CobiT ajudam a reforçar essa ideia.

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  20. Já que vocês estão tão alinhados, quem de vocês pode me dar uma definição de Governança Corporativa e apontar, nessa definição, onde o EP se encaixa ?

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  21. Eu vejo a Governança Corporativa como algo maior do que a governança de TI, pois engloba ações diversas que vão garantir o alinhamento total da empresa aos negócios, englobando práticas de TI, mas também práticas de segurança, de mitigação de riscos, de uma gestão eficiente e eficaz dos produtos e serviços da empresa. Tudo isso visando passar aos stakeholders a forma segura e confiável de como a empresa é gerida. Dado o contexto, para se obter esses resultados, um dos caminhos a serem seguidos passa pela eficiência nos processos empresariais, que terá, entre seus atributos, indicadores que "olharão" para a eficiência, para a segurança, para o não-desperdício de recursos e de tempo, entre outros fatores. Sendo assim, eu encaixo o EP nesse contexto para centralizar essas ações devido à importância de se trabalhar processos para se ter boas práticas de governança corporativa.

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  22. Concordo com os comentários do Marcelo. E acrescentando sobre a governança (assunto em pauta), acredito que são um conjunto de processos que visa garantir o retorno de investimentos realizados na empresa.

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  23. Creio que uma das melhores definições de Governança Corporativa seja a definição informada pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (www.ibgc.org.br): "Governança Corporativa é o sistema pelo qual as organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre proprietários, conselho de administração, diretoria e órgãos de controle. As boas práticas de governança corporativa convertem princípios em recomendações objetivas, alinhando interesses com a finalidade de preservar e otimizar o valor da organização, facilitando seu acesso ao capital e contribuindo para a sua longevidade". Dessa forma, para simplificarmos, a Governança Corporativa trata dos papéis e responsabilidades alinhados aos objetivos da empresa, muito bem dito pelos amigos Carlos e Marcelo e referendado pelos demais.
    Contudo, onde o EP se encaixa? Seu encaixe acontece justamente a partir de um dos benefícios da implantação de um Escritório de Processos denominado governança de processos. Os processos deverão ter os seus responsáveis com os seus papéis bem definidos e, principalmente, deverão estar alinhados aos objetivos da organização.

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  24. Gostei, Rodrigo. A definição do IBGC também me agrada muito. Só o fato de você diferenciar Governança Coprorativa de Governança de TI já foi um grande passo. Valeu !

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  25. O Escritorio de Processos ajuda a Governança Corporativa nas seguintes tarefas:

    1. Controle e Medição de Desempenho: processos mapeados, medidos, gerenciados e melhorados continuamente são mais fáceis de controlar e de se medir o desempenho deles.

    2. Alinhamento Estratégico: assegurar que os processos estão alinhados com estratégia organizacional. Permitir mudanças nos processos, visando a flexibilidade e a capacidade de adaptação ao ambiente organizacional.

    3. Definição de papéis e responsabilidades em cada processo na Cadeia de Valor da Organização, ou seja, quem faz o quê, quando e como.

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  26. O que citei acima também vale pra Governança da TI. No caso desta, o EP ajuda e muito na Entrega de Valor, uma das áreas foco citadas pelo Cobit.

    Processos mapeados, medidos, gerenciados e melhorados continuamente para a entrega dos prometidos benefícios previstos na estratégia da organização, concentrado-se em otimizar custos
    e provendo o valor intrínseco de TI.

    Ouso a resumir que gerir os processos de TI é uma condição necessária para uma Governança efetiva. Para tanto, o Escritório de Processos tem papel importante na Gestão desses processos.

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  27. Entendi a definicao de Governanca Corporativa e Governanca de TI! Agora digo que fiquei relativamente confuso com o papel e definicao da Governanca de Processos! Gostaria de saber qual eh a ligacao das Governanca Corporativa e Governanca de TI com Governanca de Processos.

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  28. O que vi em um cliente que trabalhei em uma implantação de GTI é que primeiro foi implantado uma GC e somente depois quando da implantação da GTI foi pensando em EP. Mas não segui no projeto e não sei qual o final da história.

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  29. Acredito que o conceito de Governança é o mesmo, aplicado em contextos diferentes, como uma corporação, TI, etc.

    No Gerenciamento de Projetos, existe o conceito de Governança de Projetos o qual poucas organizações dão atenção. No PMBoK não há uma linha sobre isso, mas há muitos mecanismos de Governança espalhados nos processos de GP, tais como o CCB (Change Control Board - Gerenciamento de Integração), Matriz de Responsabilidades (Gerenciamento de RH), dentre outros.

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  30. Prezados,

    Abaixo link para experiência do Sebrae RJ em escritório de processos:
    http://www.supravizio.com/Noticias/ArtMID/619/ArticleID/66/SEBRAERJ-implanta-Escritorio-de-Processos.aspx

    Obrigado,

    Wallace
    www.venki.com.br

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