terça-feira, 18 de maio de 2010

Terceirização de TI

Como a terceirização da TI pode contribuir com a performance da organização cliente ?

20 comentários:

  1. Algumas abordagens estratégicas [quando combinadas apropriadamente] permitem que a organização possa optar, a partir das análises efetuadas, em concentrar os seus recursos em um grupo de competências que ela se julgue apta a desenvolver e entregar valor ao cliente, ou estrategicamente terceirizar outras atividades, que podem ser até tracionais para a organização, mas que ela não apresenta habilidades para desempenhá-las. Dentre os fatores que podem incitar uma terceirização da TI podemos citar a possibilidade de falhas na gestão, a inexperiência da equipe, habilidades tecnológicas ultrapassadas e custos embutidos, por exemplo. Assim, a terceirização da TI pode apresentar alguns benefícios tais como aumento de produtividade e vantagem competitiva. Neste momento, a organização pode direcionar o seu foco para o seu negócio principal.

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  2. A terceirização da TI é um tema atual e atualmente significa mais do que simplesmente cortar custos.
    Continuamente somos bombardeados pela propaganda positiva, das publicações especializadas, sobre este assunto. Isto resulta num alto grau de expectativa por parte das organizações cliente. Mas para se ter uma resposta coerente para esta pergunta, acho que a organização cliente tem que, através do estudo das boas práticas de gestão de TI, tentar derivar um modelo específico para ajudar a analisar as reais motivações para a terceirização da TI. Identificar quais as características da organização, a real necessidade de terceirizar, como terceirizar e que serviços terceirizar é fundamental para que este processo contribua para a performance da organização. Pois do contrário, terceirizar por “impulso” ou simplesmente por “modismo” sem uma análise criteriosa é claro que pode trazer resultados indesejados. Feita esta análise a terceirização pode resultar em uma resposta rápida para: o aumento do retorno sobre os investimentos; manter-se atualizado tecnologicamente; criar um diferencial competitivo; adquirir capacidades profissionais entre outros benefícios.

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  3. Busca-se, normalmente, com a terceirização:

    - Transformar alguns custos fixos (como funcionários, por exemplo) em variáveis ou sazonais;

    - Acelerar a curva de aprendizagem em determinada tarefa, conhecimento ou ferramenta;

    - Ter mais foco em negócios, competências, processos ou serviços que sejam mais específicos ou estratégicos;

    - Lançar mão de competências não disponíveis na organização;

    - Reduzir (compartilhar acho que é o termo mais preciso) riscos com algumas pesquisas e inovações em competências ou processos que não sejam a especialidade da organização;

    - Tornar a organização mais enxuta, flexível e ágil (com a redução de pessoas, processos e atividades).

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  4. A terceirização de serviços pode proporcionar à organização "ter mais foco em negócios, competências, processos ou serviços que sejam mais específicos ou estratégicos" (definição do Pedro) e, desse modo, permitir que ela ganhe em performance ao dedicar-se ao "core" do negócio.

    A terceirização em TI apresenta maior complexidade do que as realizadas em outras atividades, pois a TI “penetra, impacta e molda a maioria dos processos organizacionais de alguma forma” (KERN e WILLCOCKS, 2002, p. 3). Requer “planejamento, implementação e gestão para direcionar a organização do seu estado atual para um estado vislumbrado no futuro” (CULLEN e WILLCOCKS, 2003, p. 3). Assim, é necessário realizar estudos com o objetivo de identificar as características da organização, de modo a levantar o melhor modelo de terceirização e com isso, proporcionar ganhos de produtividade, atingimento de metas e agregação de valor à organização.

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  5. A terceirização da TI não poderia ser vista como uma forma de precarização do trabalho, ou seja, a exploração da mão-de-obra de menor custo pela organização cliente?

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  6. O tema performance da organização cliente, nos últimos anos, tem sido objeto de muitas discussões na linha de uma boa solução para a resolução de alguns gargalos de projetos, tanto no setor público como no setor privado. No setor privado o conceito “parceria” utilizando-se a terceirização deu maior dinâmica por alcançar maior flexibilização e especialização na busca de novos serviços e produtos. Já no setor público, considero que a terceirização gerou alguns obstáculos, como, principalmente, a dependência gerada por equipes no seio administrativo sem adequado gerenciamento do conhecimento referente ao negócio organizacional. O custo pela melhoria da performance acaba tornando-se muito alto para o cliente a medida que o tempo passa, pois maior dependência de conhecimentos de equipes externas acabam sendo gerados (caso do setor público). Vejo a gestão do conhecimento como a grande saída para o modelo de terceirização em geral, seguindo a tendência de que vivemos atualmente momentos de horizontalizarão de atividades no contexto de um mundo globalizado.

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  7. Conforme muito bem colocado pelo colega Pedro, dentre os objetivos da terceirização estão, em outras palavras, principalmente, a possibilidade de focalização nos negócios estratégicos da organização, a flexbilização dos custos fixos, a redução ou o compartilhamento do risco, a aceleração da curva de aprendizagem, etc.
    Todos esses objetivos, se atingidos e bem aproveitados, impactarão diretamente na performance da organização. Ou seja, se a organização consegue escolher o modelo adequado de outsourcing, faz um bom contrato (com uma prestadora de serviço competente e parceira) e atinge o objetivo pretendido com a terceirização, o reflexo na melhora da sua performance é não somente esperado, mas também provável.

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  8. A terceirização da TI pode contribuir com a performance da organização, especialmente com relação ao custo de oportunidade. Este pode ser definido como o valor que atribuímos à melhor alternativa de que prescindimos quando realizamos uma escolha. Assim a organização deve focar a mão-de-obra e os recursos em serviços que vão maximizar a agregação de valor. A terceirização pode auxiliar a organização atingir este objetivo ao dividir os riscos de novas tecnologias, ao transferir novos conhecimentos ou ao reduzir custos ou ao menos tornar-los variáveis. A terceirização deve ser uma ferramenta que ajude a organização agregar valor ao negócio, seja apenas em questões operacionais (redução do custo) ou em termos estratégicos (dividir o risco do negócio).

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  9. Bom, parece que encontramos justificativas para o estágio atual da terceirização da TI, tanto no setor público como no privado. Mas, então, o que justifica o alto nível de insucesso na terceirização da TI, lembrando que a satisfação do cliente é variável comum na medição do sucesso na terceirização da TI?

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  10. Inúmeros são os argumentos para contratar uma terceirização de TI, tais como:
    - Reduzir custos
    - Responder o aumento da demanda de serviços, sem aumentar o quadro funcional;
    - Aumentar a qulidade dos serviços;
    - Introdução de novas tecnologias;
    - Terceirizar os esforços de prestação de serviços, e dedicar ao core do seu negócio-fim.
    e tantos outros.
    É importante entender que uma terceirização de TI não impacta somente no departamento de informática, e sim em toda a empresa.
    Gerando riscos e vulnerabilidades em todo o contexto organizacional. O paradoxo deste modelo é que alguns esforços são "transferidos" para o contratado, porém surgem novas ações desgastantes e arriscadas, que ficam com o contratante, a saber: gerenciar o fornecedor, garantir que ao acabar o contrato a empresa não fique dependente, qualidade do serviço e a relação do fornecedor com os departamentos da empresa. Além disso, existem dois momentos extremamentes críticos para o contratante e contratado neste processo que são: Iniciação dos serviços e encerramento dos serviços.

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  11. Aumentar o desempenho das atividades fins é o objetivo e /ou sonho de todos os gestores, colocar em pratica muita vezes é o pesadelo de alguns. A terceirização de TI bem planejada virá a ser a realização dos sonhos. A decisão de implantar ou não esse processo, especialmente, na sensível área de TI exige uma análise extremamente criteriosa que definirá o sucesso ou fracasso da implementação. Como referencia para os gestores (acadêmicos), vale lembrar, a área de terceirização movimentou, em 2004, nada mais que R$ 4,1 bilhões e no ano de 2009 ultrapassou R$ 8,1 bilhões em negócios, além disso, a IDC indicou no mesmo estudo as áreas em destaque no mundo de terceirização em TI, são elas:
    • Manutenção de Hardware
    • Suporte de Software
    • Desenvolvimento e gerenciamento de aplicações (ERP, SCM, CRM)
    • Serviços profissionais e de consultoria
    • Gerenciamento de redes
    • Gerenciamento e Consultoria em Segurança da Informação
    • Suporte para infra-estrutura distribuída.

    De acordo com o levantamento realizado nesta pesquisa, constatou-se ainda que a terceirização da área meio das empresas fez com que aumentasse significamente o desempenho da área fim.

    Diante disso entendo que a terceirização contribuirá com o desempenho do cliente em diversos pontos:

    • Maior comodidade por parte da Gestão da empresa;
    • Aumento do nível de serviço de TI;
    • Satisfação do usuário;
    • Despreocupação com a reposição de suprimentos para a área Terceirizada;
    • Reciclagem dos funcionários da área;
    • Controle dos níveis de serviços;
    • Redução do ciclo de vida de desenvolvimento;
    • Facilidade na implantação de novos sistemas;
    • Facilidade na desvinculação de tecnologias;
    • Fim da morosidade da área;
    • Pensamento em novos projetos por parte da gestão;
    • Controle sobre especificação técnica;
    • Previsibilidade de gastos em TI;
    • Transferência da responsabilidade para a operação dos sistemas;
    • Aumento na qualidade das operações de TI;
    • Aceleração nos processos de mudanças...

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  13. A contribuição terceirização da TI, deve, em minha opinião, esperar um impacto nos resultados de negógio, a busca constante pela especialização, foco na estratégia de negócios, busca pela redução de custos e a agregação de valor. Acredito que as empresas, que não são de TI, buscam a terceirização da TI para poder se dedicar ao que sabe fazer de melhor, pois as empresas que não essencia tecnológica, dificilmente estarão com condições de lidar com os desafios das demandas que a TI a fizer.

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  14. A partir da terceirização da TI, a organização cliente pode participar de um mercado maior, pois pode contar com mão de obra especializada de acordo com a necessidade; além de poder entregar produtos com qualidade superior (já que pode contar com profissionais especializados). Porém, a terceirização requer controle e gestão de riscos mais apurados, visto que (i)os profissionais envolvidos estarão trabalhando geograficamente dispersos; (ii)deve ser garantido o entendimento do produto desejado (tomando cuidado para não cair em um telefone sem fio, por envolver a passagem de informações/requisitos com muitas pessoas).

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  15. De uma forma bem objetiva, a terceirização agrega valor naquilo em que o cliente não é, não pode ser, ou simplesmente não quer ser, especialista. Na área da TI isso é bem visível, especialmente na Administração Pública Federal, onde os clientes – órgãos públicos – não têm em seus quadros servidores em número suficiente, ou suficientemente capacitados, para suprir todas as necessidades de TI em seus locais de trabalho.

    Através da terceirização, o cliente pode focar naquilo que é, de fato, o seu negócio. Entretanto, isso só faria sentido se, de alguma forma, o serviço a ser terceirizado for feito por empresas que compreendam perfeitamente a necessidade do cliente, e não simplesmente sirvam como “vendedores” de mão de obra especializada. A diminuição dos custos e a transferência do risco também são características que contribuem com desempenho da organização cliente.

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  16. A terceirização de TI – ou outsourcing –, se bem administrada pode, de fato, tornar-se uma vantagem competitiva.

    O valor que ela agrega ao negócio pode se resumir, basicamente, ao aumento de produtividade e rentabilidade, à melhoria do serviço prestado, bem como a uma redução de custos globais, ofertando mais espaço para o trato com as atividades-fim da organização.

    Além disso, como na terceirização não há de se falar em passivo trabalhista, tem-se mais facilidade na gestão e remanejamento do pessoal.

    Por fim, cabe ressaltar a importância de um SLA bem redigido, de modo que se possa garantir a qualidade e efetividade do serviço prestado.

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  17. Bom, diante dos posts dos colegas ficou evidente que a terceirização traz (ou melhor, pode trazer) inúmeros benefícios, entretanto como bem lembrado, apesar de tantas vantagens o número de insucessos é alarmante.
    Na minha opinião isso se deve à falta de maturidade de ambos os lados para a manutenção de um "bom" relacionamento. É mais ou menos como um casamento. Esforços contínuos e crescentes de ambos os lados são necessários para a manutenção e evolução da "parceria".
    O paper "Creating Better Governance of Offshore Services", da Judith C. Simon et all, discutido na semana passada apresenta uma série de pistas para a identificação e mitigação dos principais problemas, que evidentemente se agravam no caso offshore. Existem também na indústria alguns modelos já em uso (principalmente fora do Brasil) que procuram endereçar esses e outros problemas. É, na minha visão, muito mais do que tecnologia, é relacionamento, é comunicação, é educação, é negociação. GRO neles!
    Dentre esses modelos gostaria de destacar o eSCM (eSourcing Capability Model) da Carnegie Mellon University (mesmo berço do CMM/CMMI) que me parece bastante promissor. Esse modelo de maturidade ataca os dois lados da moeda, i.e., SP - Service Providers (provedor de serviços) e CL - Client (cliente).
    Resumidamente o eSCM-SP endereça dez áreas de capacidade - Knowledge Management; People Management; Performance Management; Relationship Management; Technology Management; Threat Management; Contracting Service Design and Deployment; Service Delivery; e Service Transfer. O eSCM-CL possui dezessete áreas de capacidade (Sourcing Strategy Management; Government Management; Relationship Management; Value Management; Organizational Change Management; People Management; Knowledge Management; Technology Management; Threat Management; Sourcing Opportunity Analysis; Sourcing Approach; Sourcing Planning; Service Provider Evaluation; Sourcing Agreements; Service Transfer; Sourced Services Management; e Sourcing Completion;) com o objetivo de melhorar os processos do cliente relacionados a contratação e sustentação dos serviços executados pelos fornecedores. Ou seja, Dicas Truques e Quebra-galhos para um Casamento Perfeito (ou Quase). Uma "Stairway to Heaven", se é que isso é possível.
    Devemos notar que da mesma maneira que o eSCM pode ajudar uma área de TI de uma organização a se relacionar com o seu provedor externo de serviços (terceiro), prevalecendo aqui o lado CL do modelo, pode ajudar essa mesma área de TI a se relacionar com o seu cliente interno (usuário), prevalecendo aqui o lado SP.

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  20. O Tema terceirização já vem sendo discutido e apresentado já a muito tempo em diversas áreas e a área de TIC não poderia ficar de fora. Percebo dois grandes argumentos históricos neste sentido para promover a terceirização:

    • Terceirizar o que é periférico para poder focar a empresa em seu core business empresa;
    • Terceirizar o que não é serviços especialista ou de grande complexidade ( segurança, limpeza e etc ).

    Ao longo do tempo surgiu outro argumento que de certa forma junta as duas justificativas

    • Terceirizar os serviços especialistas que não são o core business da empresa.

    Acredito que foi neste momento que a TIC passou a ser terceirizada.

    O mercado de TI pelo fato de ser constituído de elementos(empresas) com suas próprias necessidades, características e suas idiossincrasias, é dotado de uma consciência empresarial que interage com o meio gerando uma dinâmica com os demais elementos, desta forma a todo momento empresas aumento seu grau de terceirização ou diminuem hoje e amanhã como o cenário também esta em constante mudança voltam a alterar seus níveis de terceirização.

    Neste sentido percebo o debate e produção de trabalhos acadêmicos da questão de terceirização muito focada na perspectivas dos clientes, deixando um pouco de lado a perspectiva do fornecedor. Ora, é importante entender a perspectiva do cliente ? sim, é claro !, mas, produzir um debate na perspectiva do fornecedor parece-me também muito relevante.

    Bom, porque esta minha inquietação na mudança de perspectiva?, atualmente observo as empresas que ofertam ao mercado este tipo de solução e alguns problemas que as mesmas estão passando, a exemplo disto tivemos em Brasília no ano passado o fechamento de uma empresa que já detinha uma parcela relevante do mercado, e as outras estão bem ? algumas já apresentam problemas. é importante atuar na melhoria da gestão interna dos recursos das empresas fornecedoras, sejam estes recursos humanos ou financeiros.

    O processo de aquisição seleção, contratação e gestão) a cada dia esta mais maduro, mas, será que as empresas estão preparadas para ofertar e manter estes serviços a longo prazo suportando o risco (capacidade de atualização, suporte financeiro, mudanças na base tecnologia, etc) que foi transferido para elas ? fica aqui o alerta !

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