terça-feira, 27 de abril de 2010

Governança Corporativa e Governança de TI

Qual é, no seu entender, a melhor opção: ter a Governança de TI como parte integrante ou como um desdobramento da Governança Corporativa ? Justifique.

20 comentários:

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  2. Em minha opinião, a melhor opção é considerar a governança de TI (GTI) como parte integrante da governança corporativa (GCO).

    Três argumentos:

    1. elementos como alçada decisória, políticas de gestão de pessoas (como treinamentos, por exemplo) e ritos de contratação não podem diferir muito no âmbito da organização. Isso dificultaria o trabalho de órgãos supervisores (mesmo os internos) e promoveria, em minha opinião, desordem administrativa e falha na busca de sinergias.

    2. se houver falha na GTI, haverá falha na GCO (embora os impactos não necessariamente sejam proporcionais). Isso, em minha opinião, descarta a possibilidade de se considerar a GTI um mero desdobramento da GCO, uma vez que, desta forma, seriam "instâncias" diferentes, embora relacionadas.

    3. para evitar o possível argumento de falta de especialização, que geraria políticas inadequadas à realidade da TI, quando a GTI fosse ser formulada, representantes da TI seriam chamados e, juntos, promoveriam sua elaboração e validação.

    Abraço a todos.

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  4. Como o segundo argumento ficou mal escrito (culpa, talvez, de uma ansiedade "adolescente" motivada por ser o primeiro a escrever), complemento-o:

    Imaginemos que a GTI seja um mero desdobramento da GCO. Se houver uma falha em algum aspecto da GCO, não podemos afirmar que, necessariamente, haverá falha na GTI. Exemplo: políticas de sucessão ou políticas de patrocinios e doacoes.

    No sentido contrário, minha afirmação perde validade. Qualquer falha na GTI, de alguma forma, será uma falha na GCO.

    É o mesmo raciocínio usado para a teoria das restrições. A GCO seria a corrente e a GTI seria um de seus elos.

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  5. Ao meu entender, a melhor opção é ter a Governança em TI como parte integrante da Governança Corporativa, de modo que esta esteja habilitada para não somente criar, mas também para preservar valores (retorno sobre investimentos, oportunidade de negócio, competitividade, etc) para a organização. Vejo que a GTI pode integrar-se como um mecanismo capaz de suportar as estratégias e necessidades de negócio, principalmente se considerarmos este fator como responsabilidade da alta administração.

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  6. Concordo com a visão dos colegas quanto à Governança de TI ser parte integrante da Governança Corporativa.

    Se a Governança Corporativa preocupa-se com o controle e o gerenciamento de uma organização, abrangendo os relacionamentos entre os stakeholders e direcionando suas ações para o atingimento dos objetivos da forma mais efetiva possível, uma estratégia de governança corporativa deve habilitar a organização para gerenciar todos os aspectos de negócio (inclusive TI) em direção aos resultados pretendidos.

    Assim, se a Governança de TI não for vista como uma parte integrante da Governança Corporativa, todos os stakeholders que compuseram as diretrizes, as políticas e os processos da Governança Corporativa seriam obrigados a participar de um novo processo decisório.

    A Governança de TI como parte integrante da Governança Corporativa evidencia o partilhamento da responsabilidade com relação à determinação do que é crítico e garante que as decisões de TI são tomadas e impulsionadas pelo negócio, e não o contrário (mesmo que a TI seja uma direcionadora de processos de negócio, as decisões a respeito de seguir ou não a direção são tomadas no âmbito da Governança Corporativa).

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  7. Assim como os colegas penso que Governaça de TI deve ser parte integrante da Governaça Corporativa.

    No entanto minha minha visão sobre este assunto é simples, por isso, acredito que tudo esta relacionado as transformações que nossa sociedade vem sofrendo, na "era da informação" a resposta para as necessidades do mercado devem ser mais rápidas, a participação dos consumidores passou a ser peça chave no processo de criação de novos produtos, e pra mim esses novos cenários são habilitados pela TI, portanto as empresas (em geral) que possuem processos de gestão antiquados não se encaixam no mundo moderno.

    Dessa forma o papel da TI transcende a sua origem de suporte e está evoluindo em direção ao papel estratégico de definição de novas estratégias de negócio, capacitando a organização à se diferenciar de seus concorrentes.

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  8. Penso que seguirei o mesmo raciocínio de todos os colegas que postaram até agora.

    Baseado em minhas experiências profissionais (que ainda são bem poucas) e na observação e estudo, a governança de TI deve ser parte integrante de algo maior, neste caso, a governança corporativa.

    Desde o início de nossa disciplina, temos visto alguns tópicos importantíssimos, como alinhamento estratégico (TI e negócio) e priorização de projetos de TI. Penso que seria muito mais fácil alinhar estrategicamente todas as ações e projetos de TI da organização se a governança de TI estiver “alinhada” com a governança corporativa. Coloco entre aspas porque não é só o alinhamento, mas algo mais.

    Se houver um desdobramento da governança corporativa para criação da governança de TI, existe uma chance de desalinhamento, vinda com o passar do tempo. Poderia citar vários motivos, mas vou me ater a um em especial: a natureza humana. Vários gestores de TI entram em choque com seus superiores hierárquicos por suporem saber o que é melhor para o negócio e saúde da empresa. Claro que muitas vezes eles estão certos e o debate é sempre bem vindo. Mas se a governança de TI for um desdobramento, acredito que estes conflitos serão mais freqüentes, e o debate poderia ficar comprometido, dividindo energias e afetando seriamente o desempenho da organização.

    Sabe-se que todas as decisões tomadas por um gestor possuem um risco inerente. Neste caso, o risco de se errar um projeto ou uma ação é bem menor se não houver desdobramentos das governanças corporativas e de TI.

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  9. Concordo com os demais colegas: a Governança de TI é parte integrante da Governança Corporativa da empresa.
    A idéia governança corporativa ganhou força depois dos eventos ocorridos com a Enron e a Worldcom no início da década, onde se observou uma falta de transparência das empresas na divulgação dos seus resultados. Tal fato gerou uma nova onda de boas práticas de mercado visando dar maior transparência as atividades da empresa, tanto tem termos contábeis, como também em termos operacionais, comerciais e de TI.
    Assim acho que a nova corrente de governança tem por objetivo dar maior transparência aos shareholders de forma global, sem a separação de ativos financeiros dos de TI. A governança de TI é parte de um objetivo maior dentro da organização.

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  11. Acredito que a melhor opção é a governança de TI como parte integrante. Porém, penso que a TI como parte integrante, é algo complexo de praticar e implementar.
    O wikipedia, conceitua governança corporativa como: A área que investiga a forma de
    garantir/motivar a gestão eficiente das empresas, utilizando mecanismos de incentivo como os contratos, os padrões organizacionais e a legislação. O olhar somente pelo prisma financeiro está incorreto.
    A TI como parte integrante pode ser considerado como fator crítico de sucesso para a busca do tão sonhado alinhamento estratégico TI-Negócio.
    Por outro lado, o desdobramento da governança, proporciona um ambiente de "governanças paralelas", conflitos, não só do setor de TI, mas dos demais setores da empresa. A velocidade do tempo de resposta e dinamismo do negócio, quase sempre não é respondida em tempo hábil pela TI para atender o negócio, além disso, situações de atrasos em projetos de TI são constantes. Muitas vezes as áreas-clientes esperam da TI somente ações técnicas, como um provedor de soluções e mantenedor de serviços de operação cotidiana.
    Apesar de considerar a governança de TI como parte integrante penso que a maioria das empresas brasileiras vivem o cenário do desdobramento da governança.
    Desculpe se tracei um cenário pessimista, mas é o que eu tenho percebido ema algumas empresas e conversando com os colegas do mestrado.

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  12. Na minha opinião, considerando-se que a organização não receba influência de uma gestão familiar, acredito que a Governança de TI deva fazer parte integrante da Governança Corporativa. Com este princípio, penso que o processo de alinhamento estratégico Negócio-TI possa ficar mais maduro, colaborando desta forma para o cumprimento de objetivos e diretrizes de Governança. Isto encoraja a pensar que a TI poderá ser considerada, efetivamente, como componente de destaque no processo de gestão estratégica da empresa. A Governança de TI, por sua vez, poderá prospectar atividades mais qualificadas para a Governança Corporativa, gerando condição de maior conforto, controle e segurança. Conseqüentemente, o suporte de infra-estrtutura e a dimânica dos processos organizacionais poderão se tornar mais aderentes às diretrizes da Governança Corporativa. E finalizando, pegando uma carona da Erica, acho que a prática de transparência na organização seria mais facilitada, também.

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  13. Na minha visão está claro que Governança de TI (GTI) é parte integrante da Governança Corporativa (GCO) assim como os colegas colocaram. GCO está relacionada com a capacidade dos dirigentes de uma organização de implementarem efetivamente princípios, diretrizes e controles que assegurem, de forma consistente e previsível, o atendimento dos objetivos e obrigações legais dessa organização. Da mesma maneira, GTI está relacionada com os processos necessários para desenvolver, dirigir e controlar os recursos de TI procurando garantir o alcance dos objetivos da organização. É portanto um outro prisma da GCO voltado para as questões da TI como um ativo da organização.
    Dessa maneira GTI está intimamente ligada às estratégias do negócio e a GCO, mais do que isso faz parte da GCO, é um subconjunto. Diante disso deve ser exercida, em sua maioria, principalmente por dirigentes ligados ao negócio e evidentemente deve também ter representação da TI.
    Considerar a GTI como um desdobramento da GCO, para mim, é um engano, uma confusão. Governo e suas práticas é um conjunto único e coeso (pelo menos deveria ser) mesmo que tenha subconjuntos especializados em determinados temas ou competências.
    Acredito que parte dessa confusão advenha da dificuldade de se delimitar o escopo de atuação da Governança de TI e do Gerenciamento de TI que muitas vezes se confundem. O Gerenciamento de TI é sim, pra mim, um um desdobramento da GCO, em especial da parte GTI.
    Trazendo pra nossa realidade aqui em Brasília, dentro do contexto de organizações públicas temos, acredito, que:
    * a maioria não tem nenhum nível de Governaça;
    * algumas possuem GCO sem a visão de GTI;
    * algumas possuem GTI sem GCO, se é que isso é possível;
    * muito poucas possuem ambas.
    Tudo isso agregado do modismo do termo gera uma grande confusão de entendimento sobre os papéis e competências.

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  14. Concordo com os colegas. Acredito que a Governança de TI deve ser parte integrante da Governança corporativa, proporcionando maior alinhamento/ integração TI x Negócio. Isso devido a preocupação da governança de TI em criar e preservar valor. Assim, as evoluções e modificações sofridas pela organização são acompanhadas pela TI por esta ser integrante da Governança Corporativa.

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  15. A governança de TI deve ser entendida como parte integrante da governança corporativa, porém seguindo seus preceitos próprios.
    A integração da GTI com a Governança Corporativa, ajuda no relacionamento dentro de uma organização, na criação e preservação de valor e dos interesses dos stakeholders, lidando não apenas com as maneiras pelas quais os fornecedores de recursos garantem para si o retorno sobre seu investimento, mas tambem outros grupos que podem ser afetados pela atuação da organização, buscando maior alinhamento e integração entre TI - Negócio

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  16. A minha opinião não será diferente da grande maioria dos colegas, se não de todos. Acredito piamente que a melhor forma de Governar é fazer da governança de TI parte integrante da Governança Corporativa.
    Governança de TI, de fato, é extremamente importante para as empresas, fazer os processos virarem engrenagem ao ponto de funcionar sincronizadamente e extinguir a idéia de que TI não é mais uma área de apoio ao negocio e sim parte integrante do próprio negocio, virou um desafio há muito tempo. Desafio esse a meu ver, vem, também, de diretrizes da governança corporativa. A implantação da Governança de TI hoje é possível com a utilização de frameworks organizacional específicos. Diante disso devemos utilizar as melhores práticas de diferentes frameworks como PMbok, Cobit, CMMI, ITIL, BSC, ISSO 17.799 entre outros. A Extração dos melhores pontos desses frameworks precisa alcançar os objetivos do programa de Governança corporativa.
    A Governança corporativa é bem mais ampla, ela definirá o caminho da empresa de uma forma geral. Grandes instituições a usam com o mesmo peso que os indicadores financeiros no que diz respeito as decisões de investimento, além disso, a governança corporativa tem como principal objetivo a recuperação e garantia a confiabilidade da empresa para com os seus acionistas. Problemas não muito distantes ofuscaram a visão de algumas empresas que por algum motivo pecaram quanto a sua governança, empresas como: Enron, Worldcom e Tyco, foram os exemplos. Frente a esses escândalos a governança corporativa passou a ser um tema dominante entre as corporações.
    Diante de tudo isso, vejo a governança de TI como parte integrante as decisões da governança corporativa.

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  17. Percebo a Governança de TI como sendo algo importante nas organizações, sendo ela parte integrante ou um desdobramento.
    Ter governaça de TI já é um grande avanço nas organizações, visto o papel relevante que a TI desempenha atualmente nas organizações.
    Em ambas as situações (parte integrante ou desdobramento) observo que a Governança de TI quando exista estará alinhada ou trará as premissas adotadas na governança corporativa.
    Ter Governança de TI possibilitará o afinamento deste alinhamento, mesmo que seja por meio do PDCA, pois, será possível entender as motivações, preceitos, objetivos e resultados que estão sendo perseguidos e neste momento a alta gestão poderá propor ajustes que se façam necessários aos Gestores de TI.
    Concordo com a maioria dos meus pares que apontam o alinhamento como parte integrante como sendo a melhor opção, mas, seria a mais propricia em um primeiro momento?
    De forma geral acredito que um processo de implementação em fases é sempre mais eficiente,logo, propor a Governança de TI como parte integrante em minha opnião é esperar que a organização em primeiro momento perceba e detenha capacidade suficiente para propor um plano mais completo e consequentemente mais complexo.
    Em uma abordagem onde a Governança de TI seja um desdobramento, teríamos a Governança Corportativa como norteador, porém, deixaríamos a cargo dos gestores de TI a possibilidade de definir dentro dos preceitos de boas práticas de governança, neste caso teríamos a participação ativa que em minha opinião traz um elemento de maior comprometimento da equipe.

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  18. Segundo o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, define-se governança corporativa como "o sistema pelo qual as sociedades são dirigidas e minitoradas, envolvendo os relacionamentos entre acionistas/cotistas, conselho de administração, diretoria, auditoria independente e conselho fiscal. Tem como princípios a transparência, equidade, prestação de contas, cumprimento das leis e ética”. Ou seja, se fizermos as adaptações necessárias podemos definir governança de tecnologia da informação a partir do conceito de governança corporativa. Assim, em minha opinião, a governança de TI tanto pode ser parte integrante da governança corporativa como um desdobramento dessa. O caminho a ser seguido dependerá do grau de maturidade na doção de processos da organização.
    Em qualquer dos modelos o importante é que a governança de TI seja utilizada para fazer com que área de TI aja sempre objetivando o melhor para a organização, de modo que essa atinja seus objetivos.
    Ter a governança de TI como parte integrante da governança corporativa é o ideal, embora isso nem sempre seja possível, pois assim há a certeza que os definidores das práticas e ações de TI também fazem parte do “board” da organização e, teoricamente, estabelecem ações alinhadas ao negócio.

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  19. Bom dia.

    Bem, em primeiro lugar, cabe registrar o conceito de ambos os institutos. Enquanto a Governança de TI pode se resumir à atribuição de direitos de decisão e responsabilidades relacionados ao uso dos recursos e serviços de TI, a fim de manter os princípios corporativos e atingir os resultados do negócio, a Governança Corporativa corresponde ao conjunto de relações entre o conselho de administração, os shareholders e demais stakeholders de uma organização, no sentido de proporcionar uma estrutura que definirá seus objetivos e como atingí-los, bem como fiscalizar o seu desempenho.

    Feito isso, cabe analisar qual comporta o outro. Em visão singular, entendo que a Governança Corporativa contém maior capacidade de abrangência.

    Com efeito, se considerarmos o pensamento do IBGC e, nessa linha, Van Grembergen, Nolan & McFarlan, Peterson, Weill, entre outros, perceberemos que, nos frameworks apresentados, a Governança de TI insere-se no âmbito da Governança Corporativa, de modo que seria um dos elementos que a comporiam.

    E assim também deve ocorrer com as demais áreas da empresa, porquanto Governança Corporativa seria Gênero, do qual Governança de TI, de pessoal, financeira, de relacionamentos etc., seriam espécies.

    Mediante esse raciocínio, pode-se inferir que a TI é um desdobramento da Corporação, assim como suas respectivas governanças o são.

    Por último, cabe ressaltar o nível de maturidade em que a organização se encontra no momento de se implantar a governança. Caso ainda possua um controle incipiente de seus processos, entendo admissível a Governança de TI como integrante da Corporativa, contudo apenas até o mapeamento e aperfeiçoamento daqueles.

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