O Custo, em uma cadeia de valor, é o que se gasta com a execução das atividades de toda a cadeia de valor. Consideram-se todos os recursos consumidos pelas atividades de valor (atividades desempenhadas por uma organização desde as relações com os fornecedores até a fase da distribuição final do produto). Por meio das atividades de valor, a organização cria um produto válido para os seus compradores. O valor gerado pela cadeia de valor é aquele que o cliente ou o consumidor percebe quando ele se dispõe a oferecer o total solicitado para a aquisição do produto. O valor pode ser medido pela receita total. Então, a margem de uma cadeia de valor é a diferença entre o custo total do produto (ou custo coletivo) e a receita total (ou valor total da cadeia de valor).
Liliana, gostei muito das suas colocações, entretanto, gostaria de saber como é exatamente essa questão de valor. A parte de custo é fácil (em termos), mas a tal da geração de valor é que continua me intrigando...
Acho que a explicação da Liliana foi perfeita e faço dela, as minhas palavras. Em relação ao valor e sua relação com a cadeia de valor gostaria de comentar.
Inicialmente o que seria o valor de um produto ou serviço? Na verdade quem efetivamente coloca valor em um produto ou serviço é o cliente, pois é quem paga, ou seja, valor é quanto o cliente está disposto a pagar pelo nosso produto/serviço. Não adianta impormos um preço x se o cliente só paga x – 1.
Uma empresa pode ser considerada, de grosso modo rentável, se o valor que os clientes aceitam pagar pelos produtos/serviços é maior que o custo para produzir aquele determinado produto/serviço.
Por que a cadeia de valor é importante neste contexto? É através da cadeia de valor, que não mais é, do que os vários processos/atividades que irão trabalhar neste produto/serviço, desde a matéria prima, processos internos de produção, fornecedores, e logística de entrega que irão agregar valor a um produto ou serviço. Se um destes pontos forem falhos, com uma má qualidade ou com desperdício de recursos, a empresa entregará ao cliente um produto com um pior valor (qualidade e custo) e neste caso perderá para o concorrente que tem uma melhor cadeia de valor.
Professor, antes de mais nada, agradeço seu comentário sobre o meu 'post'. Quanto ao entendimento sobre 'valor', encontrei definições bem formais, definição por meio de fórmula matemática etc, mas acho que não cabem aqui, visto ser este 'blog' uma conversa informal, uma troca de ideias. Podemos considerar que o 'valor' de um produto ou serviço para um consumidor (e este é o foco aqui - o consumidor e não a organização, pois existe 'valor' de produto ou serviço para a organização) é um tanto subjetivo: por exemplo: um produto ou serviço pode ter mais 'valor' para um consumidor do que outro produto ou serviço porque o preço de um é mais baixo em relação ao preço do outro (foco no preço). Para outro consumidor, um produto ou serviço será preterido em relação a outro produto ou serviço porque um deles oferece ao consumidor 'tudo o que ele quer' (foco na qualidade - o consumidor destaca os benefícios obtidos); outros, ainda, reconhecem tudo o que contribuiu para o produto ou serviço chegar até ele, ou seja, 'valor' seria o que o consumidor obteve pelo que ele pagou (considerando todos os benefícios que o consumidor recebeu assim como todos os componentes de sacrifício - investimento em dinheiro, tempo, esforço etc). Outros exemplos de 'valor' 'percebido' pelo consumidor que o faz 'valorizar' um produto ou serviço e não outro: - Marca ainda reconhecida no mercado; - Sistema de vendas direto ao consumidor (porta a porta); - Preço acessível (a prazo); - Em datas especiais, o produto se torna uma opção de presente etc.
Ou seja, professor, o conceito de 'valor' é abrangente e varia de consumidor para consumidor, mas o que não varia é a disposição que o consumidor demonstra em pagar o que paga para receber o que recebe. 'Valor' é como o produto ou serviço é 'percebido' por cada consumidor.
Pelo que andei lendo sobre margem da cadeia de valor, a margem é a criação de valor da cadeia de valor, sendo, portanto, o resultado do desenvolvimento da estratégia de inovação, por meio da ação conjunta da inovação de valor com o ambiente interno.
Caros Sandro e Liliana, Obrigado pelas explicações, mas confesso que continuo com dúvidas. Vamos tomar como exemplo a TI do SEBRAE. Quando uma área cliente (financeira, por exemplo) solicita um serviço da TI, o que é a margem ? Nesse caso, como falar de custo e entrega de valor ? A TI do SEBRAE é capaz de mensurar essa margem ?
Souza, esqueci de te falar, pedi demissão, hoje, as 11:34, portando não posso falar do sebrae :-)
Brincadeiras a parte. Quando este serviço é de desenvolvimento de um sistema, acontece da seguinte forma:
Um usuário (área interna) realizada uma solicitação. Pelo fluxo normal falamos NÃO, pois estamos pelas tampas. Quando o cliente (diretor) bate o martelo e fala que é prioritário a TI indica os profissionais internos que farão parte da equipe de requisitos. Este profissional é alocado x horas, junto com uma terceirizada para realizar o levantamento inicial, e entregar o documento de visão. Em média, para a construção de um novo sistema gastamos 40 homens/hora interno e 40 homens hora/externo nesta fase inicial de requisitos.
Com o documento de visão gerado, e com uma estimativa de casos de uso e/ou pf e/ou horas, pagamos x% do projeto, pelo esforço realizado nesta fase . Em alguns casos usamos o NESMA para realizar a estimativa total do tamanho do sistema.
Para uma estimativa de custo, somamos estes x% do projeto mais a estimativa dos y% restantes (equipe externa), mais homens/hora estimado da equipe interna, durante o desenvolvimento, mais homens/ hora dos analises de negócios com os devidos encargos e rateios necessários. Se o desenvolvimento é interno, somamos luz, água, % utilização dos servidores, desktops, licenças de software, etc. Temos ai o custo do produto (cadeira de valor).
Em relação ao valor fica complicada a mensuração, pois o mesmo não trará ganhos financeiros diretos para a organização, mas sim de forma indireta para as MPE´s.
A receita é compulsória (toda sociedade). É difícil calcular a relação entre a receita frente ao custo da cadeia para calculo da margem de um serviço especifico. No caso do sistema financeiro, o sentimento de valor é dado pela real utilização do sistema pelos usuários internos e pela melhoria do atendimento (eficiência e eficácia).
Caro Sandro, Esse é o problema ! Na parte de custo você se saiu muito bem, belo trabalho. Mas, e valor ? Fica só no feeling ? O cliente fica sabendo do custo, pondera o valor subjetivamente e depois decide "com seus botões" se vale a pena ou não tocar a demanda ?
Professor, mais uma tentativa de esclarecimento! Já sabemos que a margem se caracteriza pela diferança entre custo e valor entegue. O custo ficou claro; mas a entrega de valor, não muito. Em termos de serviços, o valor é atribuído pela comparação entre o serviço recebido e as expectativas do consumidor em relação ao serviço solicitado. Se o serviço percebido pelo consumidor for igual ou melhor que o serviço esperado, então o consumidor estará satisfeito; e, enquanto o consumidor estiver satisfeito com o serviço recebido da organização, ele permanecerá fiel e rejeitará ofertas de outras. Para se gerar um grande nível de fidelidade, deve-se entregar um alto valor para o consumidor. Então, um modo de medir o valor entregue ao consumidor é verificar sua fidelidade à organização. Isso poderá manter a margem, assim como aumentá-la.
As colocações do Sandro e da Liliana estão começando a tangenciar para o entendimento do que poderia ser a margem para o Betz. Acredito que no contexto da cadeia de valor de TI, a margem pode ser entendida como uma equação de perdas e ganhos. Uma tentativa de mensuração, relacionada a todos os componentes que serão afetados para o atendimento da demanda e também aqueles, que após a execução do serviço, produzem valor ao negócio. A margem normalmente é uma probabilidade, dependente de muitas variáveis, influenciando na percepção de valor do resultado de uma ação realizada ou a realizar.
O Problema do calculo do valor em uma organização sem fins lucrativos é um problema. O cliente, quem paga a conta e espera um retorno, no nosso caso, não financeiro, então o valor é muitas vezes objetivos intangíveis e no Maximo redução de custos operacionais internos.
Veja, terminei um trabalho para ampliação de links de todo sistema sebrae. O projeto foi uma dureza, pois tínhamos os custos claramente definidos e o valor foi explicitado através de melhoria da performance dos sistemas, produtividade dos clientes internos, satisfação do publico alvo, tivemos um estudo de impacto no incremento da utilização do voip, videoconferência e tele presença, neste caso com redução dos custos de viagem, mas no geral, como não visamos receita financeira, mas sim receita social é complicado. Quem sabe não poderia ser tema de dissertação ou uma futura tese?
Analisando os frameworks apresentados nas figuras 2.2, 2.4 e 2.5, páginas 46, 48 e 51, do capítulo 2 do Betz, talvez poderia ser dito que “margem” é um objetivo ou resultado a ser atingido pelas organizações, gerando um diferencial competitivo. A “margem” será mais ou menos positiva, ou até negativa, dependendo de como a organização estrutura e realiza as suas atividades primárias e de suporte, umas dando suporte às outras. Se todas as atividades forem bem executadas, bem alinhadas, com objetivos bem definidos e com os seus requisitos individuais atendidos, as possibilidades da “margem” ser alta são grandes. Naturalmente que fatores externos não controláveis pela organização como, ações da concorrência, do comportamento dos clientes, riscos inesperados, podem também ter forte efeito na “margem”.
Pode-se dizer também que a “margem”, na cadeia de valor, é o resultado da contribuição de cada atividade primária ou de suporte, algumas percebidas pelos clientes e outras não, na construção de um produto ou entrega de serviço.
Perceber a margem da cadeia e valor também é um processo de maturidade. Mensurar o real valor para organizações deve gerar de alguma forma vantagem competitiva para o negócio. Como já disseram aqui, ao se confrontar ambos, valor e custo, obtém-se a margem da cadeia que pode ser analisada em cada uma das fases da cadeia ou no todo.
Com sinceridade, margem da cadeia de valor é o que garante vantagem competitiva. É o resultado da relação entre custo e valor de cada atividade (primária ou de apoio). Isso pode ser adquirido em partes da cadeia ou na cadeia como um todo.
Só por meio da percepção de vantagem competitiva que se consegue trabalhar no sentido de maximizando o retorno dos investimentos em TI.
A margem da cadeia de valor não está na própria TI, afinal TI sempre é atividade de apoio para o negócio. É no negócio que encontramos o resultado entre os custos em TI e o diferencial entregue pela mesma.
Será que nessa perspectiva não podemos dizer que a cadeia de valor da TI não pode ser fundida a cadeia de valor do negócio - TI sendo uma das atividades dessa cadeia maior?
Se no capitulo 2 do Betz vimos que margem é um objetivo ou resultado a ser atingido pelas organizações, entendi que margem é a diferença entre o valor total e o custo coletivo da execução das atividades de valor e a medição. Estas ações levam a expectativa do cliente em receber um produto que possibilite a redução do custo operacional motivado pelas descobertas e novas práticas. Em termos competitivos, a margem é o resultado do valor do produto e o montante que os compradores estão dispostos a pagar pelo resultado esperado.
Meus caros Mestrandos, acho que estamos chegando ao âmago da questão. Imaginem um projeto que tem um custo estimado de R$800.000,00 e cujos retornos são intangíveis: aumento de produtividade, melhoria de qualidade, satisfação do cliente, por exemplo. Então a margem = Retornos intangíveis - custo. Se você aprovar o projeto e a auditoria questioná-lo, o que você responderá ?
Vou apresentar a Projeção de Receitas da minha empresa baseada em indicadores econômicos. Uma Projeção de Receitas promove análises sobre as perspectivas de mercado para, depois, elaborar cenários a partir da previsão do comportamento de variáveis que influenciam na receita da empresa.
A questão aqui é se não existir receitas financeiras. No caso de empresas publicas o retorno não é financeiro, mas sim social. A receita da organização vem dos impostos. Como somar laranja (retornos intangiveis) com manga (custos financeiros)? O que dara como resultado desta operação? Um valor financeiro??? Provavelmente não. Um excelente problema para uma dissertação.
Quando falamos em margem, a primeira coisa que pensamos é como equacioná-la. Diga-se de passagem, a Liliana nos apresentou de forma indefectível!
Mas existe uma outra face para a margem, uma que o autor provavelmente utilizou, a do intangível. Até porque, o autor não iria ficar discutindo se a margem se aplica para uma empresa do segmento público vs uma do segmento privado. O que ele nos quer passar é que dentro da cadeia de valor, existe uma contribuição. (A margem é definida também como uma contribuição acrescida ao custo)
Se pensarmos nos "expense drivers" que o Betz cita na página 76, o oposto deles poderia ser considerado como "valor" (ex: Sistemas com boa qualidade, Reuso de Componentes, Projeto executado com Planejamento e etc). Mas como mensurar este valor? Como colocá-lo na equação?
O Alexandre colocou um ponto interessante, a cadeia de valor tem maturidade. Assim como eu, ao realizar a primeira compra de um novo produto, eu não sei como comparar, o que mensurar, o que é melhor pra mim.
Mas, na segunda compra, eu já aprendi o que não funciona e já posso dizer o que eu não quero encontrar! Sendo assim, esse "valor agregado" agora faz mais sentido para mim, pois já sei o que esperar e como avaliá-lo!
Daí a minha visão de margem, que parece ser corroborada pelo Arno, quando ele comenta que a margem é a contribuição perceptível ou não pelo cliente na construção de um produto ou entrega de um serviço.
Uma vez que as atividades primárias ou de suporte estão sendo feitas a contento, eu posso "expandir horizontes", o que também pode ser considerado como margem (pensando em limites).
Quanto estudei contabilidade gerencial, abordavamos um componente de valor chamado margem de contrubuição. Este componente definia por meio de equação o quanto determinado recurso, que participava direta ou indiretamente da produção, interferia no cálculo de resultado de um produto ou serviço. Por analogia, quando há participação de um recurso intangível na composição de um resultado, tanto o a mensuração do recurso, quando do resultado demonstrarão comparações para efeito de valoração com recursos econômicos, técnicos e sociais.
Embora ainda caibam discussões sobre o que seja "margem", vai abordagem sobre o ponto de equilíbrio entre os processos primários e os de apoio de TI na geração da margem, e, consequentemente, no valor. Processos com problemas tendem a sofrer mais controle, com impactos nos custos finais, e até mesmo na agilidade da cadeia como um todo. Nesses casos, o impacto seria, quase sempre, nos processos de apoio. No final, isso geraria impacto negativo na margem.
A decisões em investimentos de TI devem ser baseadas nas estratégias da empresa. Essas estratégias esperam um retorno na forma de lucro ou melhoria de determinado serviço. margem = Retornos intangíveis - custo. Neste caso seria necessário avaliar os requisitos e se eles foram atendidos satisfatoriamente ou acima das expectativas
Osvaldo, obrigado pelo "embasamento teórico"! Sendo assim, reitero o meu ponto de vista do intangível. Acho queisso cai bem no que o Betz quis dizer com Margem.
Como não encontrei nenhuma definição de margem dentro da nossa leitura, só saberemos a real definição perguntando ao Betz! :)
A margem é a diferença entre o valor total e o custo coletivo da execução das atividades de valor. Ela pode ser medida de várias formas. As cadeias de valor do canal, e do fornecedor também incluem uma margem cujo isolamento é importante para a compressão das fontes da posição de custo de uma empresa, pois as margens do canal e do fornecedor fazem parte do custo total arcado pelo comprador.
A empresa defini uma estratégia na cadeia de valor relacionada ao uso eficiente da TI deixando mais competitiva, com inovação no valor da cadeia de valor gera a margem. Sendo o valor positivo ou negativo do serviço entregue ao cliente.
O Custo, em uma cadeia de valor, é o que se gasta com a execução das atividades de toda a cadeia de valor. Consideram-se todos os recursos consumidos pelas atividades de valor (atividades desempenhadas por uma organização desde as relações com os fornecedores até a fase da distribuição final do produto).
ResponderExcluirPor meio das atividades de valor, a organização cria um produto válido para os seus compradores.
O valor gerado pela cadeia de valor é aquele que o cliente ou o consumidor percebe quando ele se dispõe a oferecer o total solicitado para a aquisição do produto. O valor pode ser medido pela receita total.
Então, a margem de uma cadeia de valor é a diferença entre o custo total do produto (ou custo coletivo) e a receita total (ou valor total da cadeia de valor).
Liliana, gostei muito das suas colocações, entretanto, gostaria de saber como é exatamente essa questão de valor. A parte de custo é fácil (em termos), mas a tal da geração de valor é que continua me intrigando...
ResponderExcluirProfessor
ResponderExcluirAcho que a explicação da Liliana foi perfeita e faço dela, as minhas palavras. Em relação ao valor e sua relação com a cadeia de valor gostaria de comentar.
Inicialmente o que seria o valor de um produto ou serviço? Na verdade quem efetivamente coloca valor em um produto ou serviço é o cliente, pois é quem paga, ou seja, valor é quanto o cliente está disposto a pagar pelo nosso produto/serviço. Não adianta impormos um preço x se o cliente só paga x – 1.
Uma empresa pode ser considerada, de grosso modo rentável, se o valor que os clientes aceitam pagar pelos produtos/serviços é maior que o custo para produzir aquele determinado produto/serviço.
Por que a cadeia de valor é importante neste contexto? É através da cadeia de valor, que não mais é, do que os vários processos/atividades que irão trabalhar neste produto/serviço, desde a matéria prima, processos internos de produção, fornecedores, e logística de entrega que irão agregar valor a um produto ou serviço. Se um destes pontos forem falhos, com uma má qualidade ou com desperdício de recursos, a empresa entregará ao cliente um produto com um pior valor (qualidade e custo) e neste caso perderá para o concorrente que tem uma melhor cadeia de valor.
sandro
Professor, antes de mais nada, agradeço seu comentário sobre o meu 'post'.
ResponderExcluirQuanto ao entendimento sobre 'valor', encontrei definições bem formais, definição por meio de fórmula matemática etc, mas acho que não cabem aqui, visto ser este 'blog' uma conversa informal, uma troca de ideias.
Podemos considerar que o 'valor' de um produto ou serviço para um consumidor (e este é o foco aqui - o consumidor e não a organização, pois existe 'valor' de produto ou serviço para a organização) é um tanto subjetivo: por exemplo: um produto ou serviço pode ter mais 'valor' para um consumidor do que outro produto ou serviço porque o preço de um é mais baixo em relação ao preço do outro (foco no preço). Para outro consumidor, um produto ou serviço será preterido em relação a outro produto ou serviço porque um deles oferece ao consumidor 'tudo o que ele quer' (foco na qualidade - o consumidor destaca os benefícios obtidos); outros, ainda, reconhecem tudo o que contribuiu para o produto ou serviço chegar até ele, ou seja, 'valor' seria o que o consumidor obteve pelo que ele pagou (considerando todos os benefícios que o consumidor recebeu assim como todos os componentes de sacrifício - investimento em dinheiro, tempo, esforço etc).
Outros exemplos de 'valor' 'percebido' pelo consumidor que o faz 'valorizar' um produto ou serviço e não outro:
- Marca ainda reconhecida no mercado;
- Sistema de vendas direto ao consumidor (porta a porta);
- Preço acessível (a prazo);
- Em datas especiais, o produto se torna uma opção de presente etc.
Ou seja, professor, o conceito de 'valor' é abrangente e varia de consumidor para consumidor, mas o que não varia é a disposição que o consumidor demonstra em pagar o que paga para receber o que recebe. 'Valor' é como o produto ou serviço é 'percebido' por cada consumidor.
Pelo que andei lendo sobre margem da cadeia de valor, a margem é a criação de valor da cadeia de valor, sendo, portanto, o resultado do desenvolvimento da estratégia de inovação, por meio da ação conjunta da inovação de valor com o ambiente interno.
ResponderExcluirUm abraço,
Pollyana.
Caros Sandro e Liliana,
ResponderExcluirObrigado pelas explicações, mas confesso que continuo com dúvidas.
Vamos tomar como exemplo a TI do SEBRAE. Quando uma área cliente (financeira, por exemplo) solicita um serviço da TI, o que é a margem ? Nesse caso, como falar de custo e entrega de valor ? A TI do SEBRAE é capaz de mensurar essa margem ?
Sobrou!!!
ResponderExcluirSouza, esqueci de te falar, pedi demissão, hoje, as 11:34, portando não posso falar do sebrae :-)
Brincadeiras a parte. Quando este serviço é de desenvolvimento de um sistema, acontece da seguinte forma:
Um usuário (área interna) realizada uma solicitação. Pelo fluxo normal falamos NÃO, pois estamos pelas tampas. Quando o cliente (diretor) bate o martelo e fala que é prioritário a TI indica os profissionais internos que farão parte da equipe de requisitos. Este profissional é alocado x horas, junto com uma terceirizada para realizar o levantamento inicial, e entregar o documento de visão. Em média, para a construção de um novo sistema gastamos 40 homens/hora interno e 40 homens hora/externo nesta fase inicial de requisitos.
Com o documento de visão gerado, e com uma estimativa de casos de uso e/ou pf e/ou horas, pagamos x% do projeto, pelo esforço realizado nesta fase . Em alguns casos usamos o NESMA para realizar a estimativa total do tamanho do sistema.
Para uma estimativa de custo, somamos estes x% do projeto mais a estimativa dos y% restantes (equipe externa), mais homens/hora estimado da equipe interna, durante o desenvolvimento, mais homens/ hora dos analises de negócios com os devidos encargos e rateios necessários. Se o desenvolvimento é interno, somamos luz, água, % utilização dos servidores, desktops, licenças de software, etc. Temos ai o custo do produto (cadeira de valor).
Em relação ao valor fica complicada a mensuração, pois o mesmo não trará ganhos financeiros diretos para a organização, mas sim de forma indireta para as MPE´s.
A receita é compulsória (toda sociedade). É difícil calcular a relação entre a receita frente ao custo da cadeia para calculo da margem de um serviço especifico.
No caso do sistema financeiro, o sentimento de valor é dado pela real utilização do sistema pelos usuários internos e pela melhoria do atendimento (eficiência e eficácia).
sandro
Caro Sandro,
ResponderExcluirEsse é o problema ! Na parte de custo você se saiu muito bem, belo trabalho. Mas, e valor ? Fica só no feeling ? O cliente fica sabendo do custo, pondera o valor subjetivamente e depois decide "com seus botões" se vale a pena ou não tocar a demanda ?
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirProfessor, mais uma tentativa de esclarecimento!
ResponderExcluirJá sabemos que a margem se caracteriza pela diferança entre custo e valor entegue.
O custo ficou claro; mas a entrega de valor, não muito.
Em termos de serviços, o valor é atribuído pela comparação entre o serviço recebido e as expectativas do consumidor em relação ao serviço solicitado. Se o serviço percebido pelo consumidor for igual ou melhor que o serviço esperado, então o consumidor estará satisfeito; e, enquanto o consumidor estiver satisfeito com o serviço recebido da organização, ele permanecerá fiel e rejeitará ofertas de outras.
Para se gerar um grande nível de fidelidade, deve-se entregar um alto valor para o consumidor.
Então, um modo de medir o valor entregue ao consumidor é verificar sua fidelidade à organização. Isso poderá manter a margem, assim como aumentá-la.
As colocações do Sandro e da Liliana estão começando a tangenciar para o entendimento do que poderia ser a margem para o Betz.
ResponderExcluirAcredito que no contexto da cadeia de valor de TI, a margem pode ser entendida como uma equação de perdas e ganhos. Uma tentativa de mensuração, relacionada a todos os componentes que serão afetados para o atendimento da demanda e também aqueles, que após a execução do serviço, produzem valor ao negócio.
A margem normalmente é uma probabilidade, dependente de muitas variáveis, influenciando na percepção de valor do resultado de uma ação realizada ou a realizar.
Souza
ResponderExcluirO Problema do calculo do valor em uma organização sem fins lucrativos é um problema. O cliente, quem paga a conta e espera um retorno, no nosso caso, não financeiro, então o valor é muitas vezes objetivos intangíveis e no Maximo redução de custos operacionais internos.
Veja, terminei um trabalho para ampliação de links de todo sistema sebrae. O projeto foi uma dureza, pois tínhamos os custos claramente definidos e o valor foi explicitado através de melhoria da performance dos sistemas, produtividade dos clientes internos, satisfação do publico alvo, tivemos um estudo de impacto no incremento da utilização do voip, videoconferência e tele presença, neste caso com redução dos custos de viagem, mas no geral, como não visamos receita financeira, mas sim receita social é complicado. Quem sabe não poderia ser tema de dissertação ou uma futura tese?
Analisando os frameworks apresentados nas figuras 2.2, 2.4 e 2.5, páginas 46, 48 e 51, do capítulo 2 do Betz, talvez poderia ser dito que “margem” é um objetivo ou resultado a ser atingido pelas organizações, gerando um diferencial competitivo. A “margem” será mais ou menos positiva, ou até negativa, dependendo de como a organização estrutura e realiza as suas atividades primárias e de suporte, umas dando suporte às outras. Se todas as atividades forem bem executadas, bem alinhadas, com objetivos bem definidos e com os seus requisitos individuais atendidos, as possibilidades da “margem” ser alta são grandes. Naturalmente que fatores externos não controláveis pela organização como, ações da concorrência, do comportamento dos clientes, riscos inesperados, podem também ter forte efeito na “margem”.
ResponderExcluirPode-se dizer também que a “margem”, na cadeia de valor, é o resultado da contribuição de cada atividade primária ou de suporte, algumas percebidas pelos clientes e outras não, na construção de um produto ou entrega de serviço.
ResponderExcluirPerceber a margem da cadeia e valor também é um processo de maturidade. Mensurar o real valor para organizações deve gerar de alguma forma vantagem competitiva para o negócio. Como já disseram aqui, ao se confrontar ambos, valor e custo, obtém-se a margem da cadeia que pode ser analisada em cada uma das fases da cadeia ou no todo.
ResponderExcluirCom sinceridade, margem da cadeia de valor é o que garante vantagem competitiva. É o resultado da relação entre custo e valor de cada atividade (primária ou de apoio). Isso pode ser adquirido em partes da cadeia ou na cadeia como um todo.
Só por meio da percepção de vantagem competitiva que se consegue trabalhar no sentido de maximizando o retorno dos investimentos em TI.
A margem da cadeia de valor não está na própria TI, afinal TI sempre é atividade de apoio para o negócio. É no negócio que encontramos o resultado entre os custos em TI e o diferencial entregue pela mesma.
Será que nessa perspectiva não podemos dizer que a cadeia de valor da TI não pode ser fundida a cadeia de valor do negócio - TI sendo uma das atividades dessa cadeia maior?
Viajei muito? kkkk
Se no capitulo 2 do Betz vimos que margem é um objetivo ou resultado a ser atingido pelas organizações, entendi que margem é a diferença entre o valor total e o custo coletivo da execução das atividades de valor e a medição.
ResponderExcluirEstas ações levam a expectativa do cliente em receber um produto que possibilite a redução do custo operacional motivado pelas descobertas e novas práticas.
Em termos competitivos, a margem é o resultado do valor do produto e o montante que os compradores estão dispostos a pagar pelo resultado esperado.
Meus caros Mestrandos, acho que estamos chegando ao âmago da questão.
ResponderExcluirImaginem um projeto que tem um custo estimado de R$800.000,00 e cujos retornos são intangíveis: aumento de produtividade, melhoria de qualidade, satisfação do cliente, por exemplo.
Então a margem = Retornos intangíveis - custo.
Se você aprovar o projeto e a auditoria questioná-lo, o que você responderá ?
Vou apresentar a Projeção de Receitas da minha empresa baseada em indicadores econômicos.
ResponderExcluirUma Projeção de Receitas promove análises sobre as perspectivas de mercado para, depois, elaborar cenários a partir da previsão do comportamento de variáveis que influenciam na receita da empresa.
A questão aqui é se não existir receitas financeiras. No caso de empresas publicas o retorno não é financeiro, mas sim social. A receita da organização vem dos impostos. Como somar laranja (retornos intangiveis) com manga (custos financeiros)? O que dara como resultado desta operação? Um valor financeiro??? Provavelmente não. Um excelente problema para uma dissertação.
ResponderExcluirQuando falamos em margem, a primeira coisa que pensamos é como equacioná-la.
ResponderExcluirDiga-se de passagem, a Liliana nos apresentou de forma indefectível!
Mas existe uma outra face para a margem, uma que o autor provavelmente utilizou, a do intangível. Até porque, o autor não iria ficar discutindo se a margem se aplica para uma empresa do segmento público vs uma do segmento privado. O que ele nos quer passar é que dentro da cadeia de valor, existe uma contribuição. (A margem é definida também como uma contribuição acrescida ao custo)
Se pensarmos nos "expense drivers" que o Betz cita na página 76, o oposto deles poderia ser considerado como "valor" (ex: Sistemas com boa qualidade, Reuso de Componentes, Projeto executado com Planejamento e etc). Mas como mensurar este valor? Como colocá-lo na equação?
O Alexandre colocou um ponto interessante, a cadeia de valor tem maturidade. Assim como eu, ao realizar a primeira compra de um novo produto, eu não sei como comparar, o que mensurar, o que é melhor pra mim.
Mas, na segunda compra, eu já aprendi o que não funciona e já posso dizer o que eu não quero encontrar! Sendo assim, esse "valor agregado" agora faz mais sentido para mim, pois já sei o que esperar e como avaliá-lo!
Daí a minha visão de margem, que parece ser corroborada pelo Arno, quando ele comenta que a margem é a contribuição perceptível ou não pelo cliente na construção de um produto ou entrega de um serviço.
Uma vez que as atividades primárias ou de suporte estão sendo feitas a contento, eu posso "expandir horizontes", o que também pode ser considerado como margem (pensando em limites).
Quanto estudei contabilidade gerencial, abordavamos um componente de valor chamado margem de contrubuição. Este componente definia por meio de equação o quanto determinado recurso, que participava direta ou indiretamente da produção, interferia no cálculo de resultado de um produto ou serviço. Por analogia, quando há participação de um recurso intangível na composição de um resultado, tanto o a mensuração do recurso, quando do resultado demonstrarão comparações para efeito de valoração com recursos econômicos, técnicos e sociais.
ResponderExcluirEmbora ainda caibam discussões sobre o que seja "margem", vai abordagem sobre o ponto de equilíbrio entre os processos primários e os de apoio de TI na geração da margem, e, consequentemente, no valor.
ResponderExcluirProcessos com problemas tendem a sofrer mais controle, com impactos nos custos finais, e até mesmo na agilidade da cadeia como um todo. Nesses casos, o impacto seria, quase sempre, nos processos de apoio. No final, isso geraria impacto negativo na margem.
A decisões em investimentos de TI devem ser baseadas nas estratégias da empresa. Essas estratégias esperam um retorno na forma de lucro ou melhoria de determinado serviço.
ResponderExcluirmargem = Retornos intangíveis - custo.
Neste caso seria necessário avaliar os requisitos e se eles foram atendidos satisfatoriamente ou acima das expectativas
Osvaldo, obrigado pelo "embasamento teórico"! Sendo assim, reitero o meu ponto de vista do intangível. Acho queisso cai bem no que o Betz quis dizer com Margem.
ResponderExcluirComo não encontrei nenhuma definição de margem dentro da nossa leitura, só saberemos a real definição perguntando ao Betz! :)
A margem é a diferença entre o valor total e o custo coletivo da execução das atividades de valor. Ela pode ser medida de várias formas. As cadeias de valor do canal, e do fornecedor também incluem uma margem cujo isolamento é importante para a compressão das fontes da posição de custo de uma empresa, pois as margens do canal e do fornecedor fazem parte do custo total arcado pelo comprador.
ResponderExcluirReginaldo Filho.
Podemos considerar margem como o resultado alcançado após a apuração dos custos e receitas obtidos pelo valor agregado a um produto
ResponderExcluirA empresa defini uma estratégia na cadeia de valor relacionada ao uso eficiente da TI deixando mais competitiva, com inovação no valor da cadeia de valor gera a margem.
ResponderExcluirSendo o valor positivo ou negativo do serviço entregue ao cliente.